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  • Foto do escritorTiago Garcia

A Importância da Restrição na Educação Canina: Um Olhar Sobre o Adestramento de Filhotes

Vamos abordar um tema crucial: a necessidade da restrição na educação de filhotes. Frequentemente sou perguntado sobre a frequência ideal de adestramento diário do seu filhote. Minha resposta inicial é duas vezes ao dia, no máximo. No entanto, vale ressaltar que essa orientação leva em consideração o contexto de que estou sendo pago e quero que meu cliente tenha um bom resultado em um curto período.


Ao escolher um filhote para adestrar, encaro a tarefa como a criação de uma obra de arte ao longo de um ano ou dois, dependendo do trabalho envolvido. Contrariamente à ideia de trabalhar todos os dias, opto por uma abordagem mais espaçada: um dia sim, um dia não. Entretanto, isso levou a alguns comentários preocupados sobre o bem-estar do cachorro, questionando a "crueldade" de mantê-lo restrito.


É fundamental esclarecer que muitas pessoas têm uma visão romântica dos cuidados com os cães, muitas vezes baseada apenas no amor pelos animais. Contudo, amar não significa entender. Assim como posso gostar de cavalos sem ser um treinador profissional, gostar de cachorros não implica compreender adestramento e educação canina.


A primeira razão pela qual restrinjo os filhotes é a segurança deles. Filhotes são curiosos e vulneráveis a acidentes, desde afogamentos em piscinas até ingestão de plantas tóxicas. A segunda razão é educacional. Adestrar um cachorro solto é praticamente impossível, pois a educação canina envolve a padronização e controle de comportamentos.


Libertar um filhote sem restrições resultaria em desafios relacionados à higiene, já que eles não têm controle sobre suas necessidades. Além disso, os filhotes exploram o mundo com a boca, podendo criar padrões indesejados ao pegar objetos. A restrição, portanto, é crucial para a formação desses padrões comportamentais desejáveis.


Muitas vezes, as pessoas veem a restrição como uma forma de privação, mas é o contrário. A restrição proporciona segurança e um ambiente controlado para o filhote. Além disso, esse método cria uma conexão mais forte entre o adestrador e o animal, resultando em um vínculo duradouro.


Restringir o cachorro acaba criando obrigações para o tutor, quanto mais restrito, quanto menor for o espaço, mas obrigação o dono do animal terá, tem que sair passear, brincar, direcionar, controlar. Quem quer isso? Então é muito mais fácil não restringir e negligenciar a educação do cachorro. -Deixo o cachorro solto em casa e só preciso sair 5 minutinhos com ele.


Cuidado com o espaço onde vai deixar seu doguinho, tem que ser ventilado, também não adianta deixa-lo em um lugar restrito e cheio que coisas que ele não poderia ter acesso, algo muito

No inicio a liberdade é supervisionada, para evitar que nosso amiguinho faça alguma besteira, e não estou falando só de destruição oucomportamento, mas de sua segurança também, com o tempo ele vai ganhando um pouco de liberdade e vai-se observando se ele corresponde a confiança dada, até o momento que ele está pronto para ficar solto e sozinho na casa, o tempo quem dirá é o doguinho.


A educação canina é um processo que demanda tempo, disciplina e compreensão dos estágios de desenvolvimento do animal. Restrição, educação e, finalmente, liberdade são componentes essenciais desse processo. A visão romântica de deixar um cachorro solto desde cedo pode levar a comportamentos indesejados e, eventualmente, a arrependimentos.


Portanto, para criar um cão equilibrado e bem-educado, é fundamental seguir essa ordem de prioridades.

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